Segundo uma reportagem no site oficial do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos de Inverno Beijing 2022 (10 de fev.), no primeiro dia do Ano Novo Chinês, Gao Xiaofan recebeu uma chamada de trabalho e, ao terminá-lo, olhou para o relógio: 6h00 da manhã, relembrando que esse dia também era seu aniversário. Porém, sendo voluntária dos Jogos Olímpicos, parecia-lhe apenas mais um dia comum. Gao serve como assistente da delegação ucraniana e é estudante da Universidade de Estudos Estrangeiros de Beijing (BFSU, sigla em inglês) que enviaram mais de 900 voluntários para Beijing 2022.
“Todas as pessoas são tratadas de forma igual e com respeito. Somos colegas e nos dedicamos à mesma causa. Não há hierarquia nem pressão e trabalho num ambiente ideal”, disse o voluntário Che Jiayi, assistente da delegação norte-americana. Zou Guanglin, assistente da delegação japonesa, sentiu o mesmo. Brincando juntos, assistindo aos jogos juntos, resolvendo os problemas juntos… a experiência de voluntariado fez Zou conhecer a força da palavra “equipe”.
Para os voluntários, esta experiência não é apenas um trabalho, como também uma oportunidade de autoaperfeiçoamento. Sendo membro da equipe somente um mês, todos os voluntários acham que tiveram uma melhoria geral nas habilidades abrangentes. E as delegações a que eles servem se tornaram seus melhores professores e amigos.
Segundo a tradição, os chineses festejam a véspera do Ano Novo Chinês (dia 31 de janeiro de 2022) com a família. Embora, este ano, a maioria dos voluntários tivessem passado o festival no posto de trabalho, nunca lhes faltou felicidade no coração. “No caminho para o local de treinamento, um atleta de hóquei no gelo me disse: - seria uma grande pena você não poder se reunir com a família, mas acredito que seus familiares se sentem honrados por você -”, Che relembrou, considerando que, naquele momento, a empatia dissolveu as fronteiras e encurtou a distância entre eles.
Às 20h00 de 4 de fevereiro, nenhum dos assistentes de delegação esteve sentado no Ninho do Pássaro para assistir à cerimônia de abertura ou o acendimento da chama olímpica. Todos se empenharam em encaminhar as delegações à entrada e guiar os espetadores aos assentos, o que lhes constituiu a tarefa mais importante no dia 4 de fevereiro. “Estou vivendo a história e faço parte dessa história”, afirmou Zou Guanglin.
Todos os dias, nos ônibus regulares para a Vila Olímpica, Gao Xiaofan se senta à janela, vendo o nascer do sol tornar gradualmente o céu cor-de-rosa ao dourado. No trabalho, normalmente, são muitos os assuntos a ser tratados e quase nunca lhes deixam tempo para descansar.
